Qualidade da água é regular em 73% dos rios brasileiros

Uma análise feita nos rios brasileiros pela organização não governamental SOS Mata Atlântica mostrou que, nos 130 pontos monitorados no ciclo de 2020 a 2021, 95 (73,1%) apresentaram qualidade regular da água. Em 22 (16,9%) e qualidade é considerada ruim e 13 (10%) estão em boa condição. Não há pontos com qualidade de água ótima ou péssima.

Segundo o Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, divulgado dia 22, dos 95 pontos fixos de monitoramento, em que é possível fazer um comparativo com o período anterior (2019-2020), houve variações expressivas em 20 pontos.

Os dados mostram que a condição da qualidade da água melhorou em 10 pontos e manteve estabilidade nos indicadores, mesmo com variações climáticas intensas nos períodos de seca e chuva, em 75 pontos. No comparativo, também não foram encontrados pontos com condição ótima ou péssimo.

Segundo os analistas da SOS Mata Atlântica, é possível destacar a tendência de melhoria na qualidade ambiental de rios e córregos urbanos em 2020 devido aos índices de coleta e tratamento de esgoto e do isolamento social que resultou na redução de fontes de poluição.

Água e floresta

O relatório indica que, dos dez pontos que melhoraram de condição alcançando o índice de qualidade de água boa, cinco estão próximos de áreas protegidas ou com mata nativa. Entre eles estão os rios Pratagy, em Alagoas, Biriricas, no Espírito Santo, o Córrego Bonito, na cidade de mesmo nome, em Mato Grosso do Sul.

Em pontos dos rios Tietê e Jundiaí, em São Paulo, o índice de qualidade da água foi considerado bom. Dos 14 pontos de monitoramento fixos, quatro apresentaram melhora. “O ponto do Tietê é na cidade de Salesópolis, onde fica sua nascente, e o Rio Jundiaí, no município de Salto. Os outros pontos com melhoria foram encontrados nos estados de Pernambuco, Sergipe e outros três em São Paulo. Estes últimos saíram de ruim para regular”, explicou Veronesi. O rio também saiu da condição ruim para regular nas cidades de Itu, Salto e Santana de Parnaíba.

Remoção de produtos farmacêuticos e de cuidado pessoal da água potável

Pesquisadores desenvolveram uma membrana adsorvente e reciclável que dá esperança para tratamento em grande escala

Quando damos descarga no vaso sanitário, esperamos não encontrar o conteúdo novamente, mas a realidade é que os produtos farmacêuticos dissolvidos na urina ou simplesmente descartados em um vaso sanitário, banheira ou pia atingem frequentemente nosso abastecimento de água potável e a cadeia alimentar.

Isso vale para produtos de cuidado pessoal, como produtos de higiene pessoal, loções e cosméticos. Juntos, estes contaminantes são chamados PPCP, uma abreviação de produtos farmacêuticos e de cuidados pessoais. Mas os PPCPs não são removidos em uma planta de tratamento de efluentes? Infelizmente, os métodos convencionais de tratamento de águas residuais não podem remover completamente muitos PPCPs. Mas os pesquisadores dizem que uma nova membrana adsorvente é promissora para purificar a água contaminada com PPCP.

Ameaças à saúde

A contaminação por PPCP cresceu junto com padrões de vida mais altos e agora está atingindo níveis detectáveis em águas superficiais e subterrâneas no mundo todo. Está aparecendo mesmo em nossa oferta de alimentos em frutos do mar e vegetais. Mas usamos muitos produtos de higiene pessoal livremente e são exaustivamente testados para uso humano. É realmente tão ruim se ingerido?

A resposta é que se sabe que alguns PPCPs interrompem o sistema endócrino humano e podem prejudicar a saúde humana e o meio ambiente de outras maneiras. Uma maneira eficiente de removê-los seria uma peça importante do quebra-cabeça moderno do tratamento de água.

Membranas Adsorventes Recicláveis

Embora se saiba que quadros aromáticos porosos (PAF, por suas siglas em inglês) podem ser usados para remover esses contaminantes, os PAFs são pós insolúveis na maioria dos solventes e apresentam problemas para aplicação e reciclagem.

Pesquisadores da Northeast Normal University, no entanto, recentemente exploraram a ideia de viabilizar os pós do PAF para o tratamento da água por adsorção por membrana para remover os PPCPs.

Adsorção é a “divisão preferencial de substâncias da fase gasosa ou líquida na superfície de um substrato sólido”. Em uma linguagem mais acessível, significa criar um sólido “aderente” a contaminantes específicos e depois removê-los com ele. É diferente da absorção, quando as substâncias são absorvidas por um sólido poroso. Na adsorção, os compostos aderem à superfície do material adsorvente.

Para criar uma membrana adsorvente, a equipe primeiro centrifugou o polímero de poliacrilonitrila em uma membrana fibrosa. Em seguida, eles revestiram a membrana com polianilina, para que o pó do PAF aderisse à membrana. Finalmente, eles introduziram e reagiram moléculas de bifenil para cultivar PAF-45 no revestimento.

Resultados Promissores do Teste

A membrana resultante adsorveu com sucesso o ibuprofeno comum AINE, o desinfetante popular de cloroxilenol e o repelente de insetos comum DEET. O primeiro teste do material composto não apenas demonstrou que era mais eficaz que a maioria dos materiais adsorventes existentes, mas também era fácil de reciclar. Os PPCP adsorvidos foram removidos da membrana com etanol e, em seguida, a membrana foi demonstrada em mais 10 ciclos de adsorção-dessorção com apenas uma pequena diminuição na eficácia observada.

O novo conceito de membrana do PAF une-se a outras tecnologias atualmente em processo para o tratamento de contaminantes emergentes. Com produtos farmacêuticos e de cuidados pessoais que aparecem em nossa água e alimentos com mais e mais frequência, é cada vez mais importante desenvolver opções de tratamento viáveis para removê-los.

Microsoft propõe plano de ação para repor mais água do que consome até 2030

A Microsoft está lidando com o consumo de água de duas maneiras: reduzindo a intensidade do uso de água e repondo água nas regiões de escassez hídrica em que a empresa atua. Isso significa que até 2030 a Microsoft irá repor mais água do que consome

A Microsoft, gigante de tecnologia, anunciou no início deste ano planos para se tornar “carbono zero” até 2030, no entanto a empresa não está olhando apenas para suas emissões. A Microsoft apresentou também outro plano que tem por objetivo repor mais água do que a empresa consome até 2030.

De acordo com a United Nations Water, atualmente mais de dois bilhões de pessoas não têm acesso à água potável no mundo, e as mudanças climáticas vêm intensificando essa realidade. A ONU estima que uma em cada quatro pessoas poderá ser afetada pela escassez de água doce até 2050. De acordo com o Banco Mundial, esta redução de água doce e o aumento da demanda poderia reduzir a disponibilidade de água nas cidades em mais de 66% até 2050.

Para abastecer os mananciais, o plano proposto inclui ações como investimento na restauração de áreas úmidas e remoção de superfícies impermeáveis, como asfalto, por exemplo. A Microsoft se concentrará em bacias hidrográficas altamente escassas perto de suas operações.

Reduzir o consumo de água também será uma das ações. Em Vale do Silício – EUA, um novo campus da Microsoft irá utilizar 100% da água não potável de fontes de reúso. Isso poderá economizar até 4,3 milhões de galões de água potável por ano. Em outros campus, a empresa também usará água de reúso para paisagismo, encanamento e em torres de resfriamento.

A Microsoft pretende usar suas tecnologias para levar uma melhor percepção à população sobre o consumo de água. Além disso, a empresa planeja também fazer parceria com ONGs para garantir que as comunidades carentes também tenham acesso a água potável.

Grandes empresas de tecnologia como Microsoft e Google estabeleceram metas elevadas para a redução de emissões, no entanto, esse foco dedicado no consumo de água é uma tendência mais recente. Em julho, como parte de seu primeiro relatório de sustentabilidade, o Facebook disse que também está tentando melhorar o uso de água. Planeja usar menos água para resfriar seus data centers e restaurar cerca de 206.000 m3 de água anualmente. À medida que as empresas se aproximam das baixas emissões de carbono, talvez, mais se concentrem na água.

Por que a ingestão de água é essencial no tratamento de doenças?

A recomendação dos especialistas é não descuidar da hidratação mesmo no frio e principalmente em casos de sintomas de gripe ou dengue, comuns no brasil neste período do ano

A ingestão da quantidade adequada de água é essencial no funcionamento do corpo. Por isso, os especialistas chamam a atenção para esse cuidado, principalmente em casos de quadros gripais ou dengue, por exemplo, doenças comuns nesta época do ano.

Entre suas ações, o líquido é fundamental no tratamento das doenças infectocontagiosas, porque ajuda a eliminar substâncias tóxicas do organismo. Com isso, alivia-se os sintomas e diminui o risco de agravar o quadro. Conforme explica o Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG.

Além da importância no tratamento de doenças infectocontagiosas, o consumo de água é essencial para todo o funcionamento do corpo. Esse líquido é necessário para que ocorram todas as reações biológicas e químicas do organismo. O que faz sentido, já que do total de composição do corpo humano, 70% ou mais é de água.

Diariamente, eliminamos água nas atividades corporais, como suor e urina. No entanto, vômitos e diarreias podem contribuir para essa perda e, se não respondida adequadamente, pode levar à desidratação. Apesar de parecer algo simples, a falta de água e sais no organismo causa queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e até a morte, dependendo da gravidade.

Para repor essa perda, além da água, outros líquidos também podem auxiliar. Soro de reidratação oral, água de coco, sucos naturais e, até mesmo frutas, podem ajudar nesse processo.

Essas são opções importantes de intervenção individual, principalmente durante a pandemia do novo coronavírus que mudou os protocolos de atendimento das unidades de saúde, priorizando sintomas respiratórios graves. Mas, se os sinais de desidratação persistirem ou permanecer a dificuldade em se hidratar, é necessário consultar um médico.

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