Engenheiros desenvolvem nova técnica de dessalinização de água

Uma nova técnica de dessalinização de água que consegue lidar com salmouras com altíssimo grau de salinidade foi desenvolvida por engenheiros da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. Utilizando uma mistura com 292.500 partes por milhão de sólidos dissolvidos, a equipe por trás do projeto foi capaz de precipitar mais de 90% do sal na solução original.

Batizada de “extração por solvente com temperatura oscilante”, a metodologia se difere de procedimentos convencionais por ser baseada em absorção de água por meio de solvente, sem mudança de fase evaporativa ou uso de membranas. Além disso, proporciona uma economia de energia de até 75% em comparação com a evaporação térmica.

O professor responsável pela novidade, explicou o motivo que o leva a crer que a tecnologia transformará a indústria global da água: “A descarga de líquido zero é a última fronteira da dessalinização. Evaporar e condensar a água é a prática atual desta técnica, mas consome muita energia e é proibitivamente caro. Conseguimos alcançá-la sem ferver a água – e este é um grande avanço para dessalinizar as salmouras de salinidade ultra-alta.”

Avanço tecnológico

Tudo se inicia com a mistura de um solvente de baixa polaridade com a salmoura de alta salinidade. Em baixas temperaturas, o componente extrai a água, mas não os sais, presentes na forma de íons – sendo que a equipe realizou testes a 5 °C. A partir do controle da proporção entre substância e

líquido, é possível extrair toda a água – que, depois de “sugada”, permite que cristais sólidos resultantes dos sais sejam peneirados, uma vez que se depositam no fundo do recipiente.

Após a separação, basta aquecer o solvente a 70 °C. Assim, a solubilidade do composto “cai” e a água pode ser retirada, como se o solvente fosse uma esponja, podendo ser reutilizado. “Com o solvente certo e as condições de temperatura adequadas, podemos fornecer opções de gerenciamento de concentrado econômicas e ambientalmente sustentáveis para instalações de dessalinização do interior, utilizando água subterrânea salobra para aliviar o estresse hídrico atual e futuro”, comemora Ngai.

Por fim, além das vantagens já apresentadas, a técnica permite dessalinizar águas salgadas fora do litoral, assim como reciclar água de retorno (fraturamento hidráulico), produzida durante a extração de petróleo e gás, e resultante de fluxos de resíduos de usinas elétricas movidas a vapor, descargas de instalações de carvão e aterros sanitários.

Uso de águas subterrâneas na indústria é legal e reduz custo

As águas subterrâneas são de extrema importância para garantir disponibilidade hídrica e conta com grande vantagem por proporcionar redução de custo. Há 62,7 vezes mais água subterrânea do que toda a água superficial do Planeta.

No Brasil, existem 2,5 milhões de poços tubulares e 3,5 milhões de poços escavados/nascentes, onde se extraem mais de 18 bilhões metros cúbicos anual (m³/ano) de água, segundo o geólogo José Paulo Godoi Martins Netto, que é presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS).

UTILIZAÇÃO EM LARGA ESCALA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA PELA AGRICULTURA

Estudos mostram que quem mais faz uso de água subterrânea é a agricultura (30%), pois os volumes utilizados são enormes na irrigação por aspersão, além disso, há grandes perdas por este sistema. O abastecimento industrial com água subterrânea chega a 10%.

MAS O QUE DEVE SER FEITO PARA UTILIZAR A ÁGUA SUBTERRÂNEA?

Avaliação hidrogeológica e análise econômica para analisar a viabilidade, solicitar licença para perfuração do poço ou outorga de uso, perfurar, efetuar tratamento, cloração e fazer o controle de qualidade potável.

Ao fim da apresentação, em prol não só da preservação dos recursos naturais, mas também em benefício da população, ele recomendou a utilização dos diversos tipos de opções: abastecimento público, água de chuva, cisternas, reuso de água, dessalinização, focando mais no uso de água subterrânea e no controle de perdas.

Por que a ingestão de água é essencial no tratamento de doenças?

A recomendação dos especialistas é não descuidar da hidratação mesmo no frio e principalmente em casos de sintomas de gripe ou dengue, comuns no brasil neste período do ano

A ingestão da quantidade adequada de água é essencial no funcionamento do corpo. Por isso, os especialistas chamam a atenção para esse cuidado, principalmente em casos de quadros gripais ou dengue, por exemplo, doenças comuns nesta época do ano.

Entre suas ações, o líquido é fundamental no tratamento das doenças infectocontagiosas, porque ajuda a eliminar substâncias tóxicas do organismo. Com isso, alivia-se os sintomas e diminui o risco de agravar o quadro. Conforme explica o Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG.

Além da importância no tratamento de doenças infectocontagiosas, o consumo de água é essencial para todo o funcionamento do corpo. Esse líquido é necessário para que ocorram todas as reações biológicas e químicas do organismo. O que faz sentido, já que do total de composição do corpo humano, 70% ou mais é de água.

Diariamente, eliminamos água nas atividades corporais, como suor e urina. No entanto, vômitos e diarreias podem contribuir para essa perda e, se não respondida adequadamente, pode levar à desidratação. Apesar de parecer algo simples, a falta de água e sais no organismo causa queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e até a morte, dependendo da gravidade.

Para repor essa perda, além da água, outros líquidos também podem auxiliar. Soro de reidratação oral, água de coco, sucos naturais e, até mesmo frutas, podem ajudar nesse processo.

Essas são opções importantes de intervenção individual, principalmente durante a pandemia do novo coronavírus que mudou os protocolos de atendimento das unidades de saúde, priorizando sintomas respiratórios graves. Mas, se os sinais de desidratação persistirem ou permanecer a dificuldade em se hidratar, é necessário consultar um médico.

Microsoft propõe plano de ação para repor mais água do que consome até 2030

A Microsoft está lidando com o consumo de água de duas maneiras: reduzindo a intensidade do uso de água e repondo água nas regiões de escassez hídrica em que a empresa atua. Isso significa que até 2030 a Microsoft irá repor mais água do que consome

A Microsoft, gigante de tecnologia, anunciou no início deste ano planos para se tornar “carbono zero” até 2030, no entanto a empresa não está olhando apenas para suas emissões. A Microsoft apresentou também outro plano que tem por objetivo repor mais água do que a empresa consome até 2030.

De acordo com a United Nations Water, atualmente mais de dois bilhões de pessoas não têm acesso à água potável no mundo, e as mudanças climáticas vêm intensificando essa realidade. A ONU estima que uma em cada quatro pessoas poderá ser afetada pela escassez de água doce até 2050. De acordo com o Banco Mundial, esta redução de água doce e o aumento da demanda poderia reduzir a disponibilidade de água nas cidades em mais de 66% até 2050.

Para abastecer os mananciais, o plano proposto inclui ações como investimento na restauração de áreas úmidas e remoção de superfícies impermeáveis, como asfalto, por exemplo. A Microsoft se concentrará em bacias hidrográficas altamente escassas perto de suas operações.

Reduzir o consumo de água também será uma das ações. Em Vale do Silício – EUA, um novo campus da Microsoft irá utilizar 100% da água não potável de fontes de reúso. Isso poderá economizar até 4,3 milhões de galões de água potável por ano. Em outros campus, a empresa também usará água de reúso para paisagismo, encanamento e em torres de resfriamento.

A Microsoft pretende usar suas tecnologias para levar uma melhor percepção à população sobre o consumo de água. Além disso, a empresa planeja também fazer parceria com ONGs para garantir que as comunidades carentes também tenham acesso a água potável.

Grandes empresas de tecnologia como Microsoft e Google estabeleceram metas elevadas para a redução de emissões, no entanto, esse foco dedicado no consumo de água é uma tendência mais recente. Em julho, como parte de seu primeiro relatório de sustentabilidade, o Facebook disse que também está tentando melhorar o uso de água. Planeja usar menos água para resfriar seus data centers e restaurar cerca de 206.000 m3 de água anualmente. À medida que as empresas se aproximam das baixas emissões de carbono, talvez, mais se concentrem na água.

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